quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Pessoas-que-acreditam-em-coisas.

Sou um cético libertário e me acho de mente aberta, sim senhor. Tenho certeza de que o universo, a natureza, o corpo humano, a asa de um besouro, tudo, enfim, são muito mais complexos do que podem imaginar nossas vãs ciências. Imagino que muitos dos fenômenos hoje incompreensíveis, inexplicáveis e sobrenaturais são regidos por leis tão naturais, explicáveis e compreensíveis como a lei da gravidade.
Por isso, e por ser inatamente curioso, eu me deixo aberto a tudo. Visito as igrejas de quem me convida. Escuto as teorias de quem quiser contá-las. Cresci freqüentando casa espírita e já vi e ouvi coisas que a vã ciência realmente não explica. Acredito que a explicação mais simples em geral é a verdadeira.
Então, diante de uma pessoa que recebe um preto véio, qual é a explicação mais simples e mais provável?
a) que existe um outro mundo invisível, povoado por bilhões de espíritos desencarnados, que eles entram em contato com o nosso mundo, andam entre nós sem ser vistos exceto por alguns poucos, etc etc etcb)
b) esquizofrenia

•Definição de Pessoas-Que-Acreditam-em-Coisas
Será que eu preciso mesmo explicar o que são pessoas-que-acreditam-em-coisas? Melhor explicar, pra não dar briga.Pra fins desse artigo, católicos e wiccans, holísticos e macumbeiros, astrólogos e cientólogos, estão todos em uma só categoria.
Sei que dizer isso ofende basicamente TODAS as pessoas-que-acreditam-em-coisas, mas não vejo diferença alguma entre alguém que acredita em um negrinho de uma perna só que mora no redemoinho, em um biscoito de farinha que vira o corpo de alguém que morreu há dois mil anos, ou que a posição do planeta Netuno influencia nossas vidas.

•Se Você Diz, Eu Acredito
Vamos então ao diálogo. O diálogo abaixo já se repetiu dezenas de vezes na minha vida, com pequenas variações.
A pessoa-que-acredita-em-coisas me chama pra conversar. Sabe que sou uma mente aberta e libertária, blá blá, e quer me expor suas crenças. E eu, tolinho, aceito. A curiosidade sempre vence a experiência. Se não fosse isso, ninguém casava pela segunda vez.
Primeiro, ela me conta qual sua verdade. Essa é a parte fácil.
"Querida", ela diz, pegando em minha mão, muito séria, "existem elefantes roxos que flutuam."
Eu não duvido nem desduvido. Emito um grunhido descompromissado e peço pra pessoa-que-acredita-em-coisas continuar.
Nessa hora, a pessoa-que-acredita-em-coisas pega de novo em minha mão, me olha fundo nos olhos e praticamente implora: "Você acredita em mim?"
Eu digo que não acredito nem desacredito, mas que acredito que ela acredita e quer o meu bem, então, por mim já está mais que bom.
Algumas pessoas-que-acreditam-em-coisas nunca viram o seu elefante roxo flutuante. Outras afirmam conhecimento pessoal e direto:
"Eu vi. Eu conheço os elefantes. Já flutuei com eles. Agora, você acredita em mim?"
Respondo, pra não condenar prematuramente a conversa, que sim.
"Se você diz que existem elefantes roxos que flutuam e que você viu, eu acredito."
Se fosse só assim, seria ótimo. Mas nunca é assim.

•Mas Como É Que Funciona?
Quase sempre, eu estrago tudo fazendo uma pergunta. Nunca é uma pergunta-desafio. Não nessa etapa. É uma pergunta-curiosidade mesmo. Se eu estou sentado com uma pessoa-que-acredita-em-coisas, é porque quero entender sua visão de mundo.
Então, eu pergunto:
"Mas como o elefante flutua? Quer dizer, se você dissesse que ele voa, eu iria presumir que ele fica batendo suas asinhas freneticamente no ar como um beija-flor. Mas se ele flutua, como ele flutua? Será alguma coisa relacionada aos campos magnéticos?"
Aí começam os gritos:
"Eu sabia! Você se diz mente aberta mas não tem fé nos elefantes roxos que flutuam, fica aí questionando tudo com sua mente tacanha infectada por essa pseudo-ciência que nos enfiam goela abaixo na escola. Onde estava esse seu espírito crítico todo quando lhe ensinaram que as doenças são causadas por micróbios que ninguém vê?"
"Não tenho nenhum amor pela ciência tacanha que nos enfiaram goela abaixo na escola. E não estou duvidando da existência dos elefantes roxos que flutuam. Se você me diz que viu, eu acredito. Mas só estava curioso pra saber o mecanismo através do qual eles flutuam."
"Herege! Infiel! Descrente!"
Eu não me conformo:
"Mas você não teve nem um pouco de curiosidade? Você viu o elefante roxo flutuando e não parou pra se perguntar nem por um segundo como ele faz pra flutuar?"
"Claro que não. Eu não sou um espírito pequeno como você, amarrado a essa pseudociência dos homens. O elefante roxo que flutua é sagrado. Ele só pode ser visto por pessoas que estão em sintonia com as forças elementais do universo. Ele flutua porque não saberia não-flutuar. Na verdade, não é ele que flutua, é o chão que não-flutua aos seus pés.
"Esse primeiro atrito ainda dá pra superar. Eu paro de fazer perguntas que a pessoa-que-acredita-em-coisas não sabe mesmo responder e ela se acalma.
A próxima fase é que apresenta o conflito insuperável.

•Preciso Que Prometa Mudar sua Vida
Finalmente, eu consigo convencer a pessoa-que-acredita-em-coisas de que sua palavra é suficiente para mim. Se ela diz que existem elefantes roxos que flutuam, então existem elefantes roxos que flutuam. Mas e daí?
Pois é no "e daí" que a coisa se complica. Os elefantes roxos que flutuam não se limitam a existir. Eles sempre querem alguma coisa de nós. Não vejo irracionalidade ou improbabilidade alguma em o big bang ter sido acionado por uma mão divina ou que uma mão divina tenha criado as espécies animais e os planetas, etc.
A grande questão é outra: por que deveria eu viver de forma diferente só porque o universo foi criado por um ser divino e não por forças cósmicas aleatórias?)
Então, meu interlocutor coloca de novo a mão sobre a minha (pessoas-que-acreditam-em-coisas também acreditam firmemente em contato físico) e diz:
"Pois bem, já que você é uma mente cheia de luz que aceita a verdade cósmica dos elefantes roxos que flutuam, eu preciso te dizer que os elefantes roxos que flutuam revelaram para nós, os espíritos iluminados capazes de ver os elefantes roxos que flutuam, que a fonte de todo o mal na humanidade é usar camisetas brancas, aquelas básicas, de malha. E novamente pergunta:
"Você acredita em mim?"
"Sim", eu digo, como o rapaz bonzinho que sou.
"Você acredita que eu só quero o seu bem, que só estou aqui com você (isto é, perdendo meu tempo) porque acredito que você vale a pena, que você não veio a esse mundo por acaso, que você está pronto para receber a verdade que não querem que você saiba?"
"Sim", eu respondo.
(Quase sempre, é verdade. Eu tenho um canto especial no meu coração para as pessoas que acreditam sinceramente que eu vou pro inferno por toda a eternidade e fazem tudo o que podem pra evitar essa tragédia.)
"Então, prometa que nunca mais irá usar camisetas brancas. Jamais. Para o seu próprio bem. Para o bem da sua alma.
"Pronto. Não há conversa com pessoa-que-acredita-em-coisas que não chegue inevitavelmente nessa fase.
As pessoas-que-acreditam-em-coisas não estão satisfeitas com o respeito que você tem pela crença delas. As pessoas-que-acreditam-em-coisas não estão satisfeitas de você garantir que confia em suas palavras e que, bem, se dizem que viram elefantes roxos flutuantes, então é porque existem mesmo.
Não, meus amigos. As pessoas-que-acreditam-em-coisas querem mudar a sua vida. E não se satisfazem com menos.
E a MINHA vida seria muito mais simples se eu fosse capaz de colocar minha mão em cima da mão deles que está em cima da minha outra mão e dizer:
"Sim!, claro!, claro que sim! Claro que vou mudar um hábito de toda uma vida só por causa de uma afirmação completamente não-fundamentada feita por um quase completo desconhecido. Como não?
"Mas, raios, eu não consigo.
Então, suavemente, respeitosamente, tomando o máximo de cuidado para enfatizar minha tolerância, eu digo:
"Olha, eu não posso prometer isso, não."
O pior é a surpresa sincera de sua indignação:
"Mas como não? Você não ouviu tudo o que acabei de falar?!"
"Ouvi, claro, mas-"
"E, mesmo depois de ouvir tudo isso, como pode ainda assim dizer que continuará usando essas camisetas brancas de malha?"
Sei que estou em território minado e para satisfazer minha consciência, tomo todo cuidado possível para ser extra-delicado e respeitoso:
"Bem, acredito em você quando diz que viu os elefantes roxos flutuando, mas isso não significa que estou disposto a mudar minha vida por causa desse fato."
E, com mais cuidado, eu acrescento:
"Além disso, você não me deu nenhum motivo concreto para parar de usar camisetas brancas."
(Reparem que eu não disse "motivo lógico". Para as pessoas-que-acreditam-em-coisas, a palavra "lógica" tem o mesmo efeito do que alho para vampiros. Confesso que também não gosto muito de lógica. As pessoas que invocam muito a lógica em geral estão querendo te engrupir. Mas pelo menos não tenho medo da palavra.)
E continuo:
"Você nem mesmo me explicou a relação entre os elefantes roxos que flutuam e as camisetas brancas. De que modo as camisetas brancas nos afetam negativamente? O que exatamente elas fazem? Afetam nossas vibrações? Roubam nossa energia? Atraem maus espíritos?"
"Meu bem", diz o outro, com ar superior, "eu realmente não me rebaixaria a explicar, pra alguém da sua inteligência e da sua capacidade, o enorme poder nocivo das camisetas brancas."
Eu coço a cabeça:
"Recusa?"
"Claro que recuso. É óbvio. Patentemente óbvio. Você só não vê porque não quer. Porque está com o coração endurecido. Porque, ao contrário do que pensa em sua imensa vaidade, sua mente está fechada a tudo que não se conforme à sua visão estreita de mundo. Porque está comprometido com a verdade DELES."
É nesse ponto que fica patente a total inutilidade de conversar com pessoas-que-acreditam-em-coisas. Elas não querem que você escute suas crenças, ou que as respeite, ou mesmo que as aceite. Elas querem, sinceramente, a sua alma, e não se contentam com nada menos do que isso.
Na verdade, como nunca passei desse estágio, nem sei se é apenas isso que querem. Pode ser que quando você diga "sim, claro, nunca mais usarei camisetas brancas", eles já tenham outro pedido ainda mais despropositado pra fazer. Jamais saberei.
Finalmente, abandono um pouco a diplomacia e tolerância que mantive até ali e tento esclarecer:
"Desculpa, deixa eu ver se eu entendi direito. Você me vem com uma crença de elefantes roxos que flutuam e espera que eu acredite nisso baseado somente na sua palavra. Ou seja, eu tenho que pesar, de um lado, toda a minha experiência de vida, tudo o que eu já observei e estudei e, do outro, você. Mesmo assim, contra qualquer lógica, eu escolho a sua palavra, apesar de você nunca se dar ao trabalho de nem mesmo tentar explicar como os elefantes ficaram roxos ou como flutuam."
Então, você afirma que a existência de elefantes roxos flutuantes significa que camisetas brancas são malignas, mas em momento algum você nem tenta clarificar qual é a conexão lógica entre esses dois fatos aparentemente desconexos. Também não explica de que modo ou porque as camisetas brancas são malignas, por isso ser tão patentemente óbvio para qualquer ser pensante. Por fim, com base nessa cadeia de afirmações frágeis, você pretende que eu abandone um hábito de uma vida inteira. É isso?"
"Sim. Exatamente. Então, você promete?"

•Você Precisa Sentir Que Estou Falando a Verdade
Estamos chegando finalmente à minha grande dúvida sobre as pessoas-que-acreditam-em-coisas, a dúvida que motivou esse artigo.
Quando digo que não vou mudar meus hábitos em função de suas crenças, as pessoas-que-acreditam-em-coisas ficam tão surpresas e indignadas que eu me pergunto: como reagem normalmente seus outros interlocutores? Será que sou o único que se recusa?
A maioria das pessoas-que-acreditam-em-coisas (exceto as que estão em maioria, como cristãos no ocidente, etc) vive em um mundo repleto de pessoas-que-não-acreditam-nas-coisas-em-que-acreditam. E suponho que devem rotineiramente expor suas crenças para os descrentes, especialmente para os descrentes que amam, para aqueles que querem sinceramente salvar dos efeitos malignos das camisetas brancas e afins.
E volto à dúvida: como é então que funciona isso? Será que sou o único que se recusa a mudar de hábitos?
E as pessoas-que-acreditam-em-coisas respondem, tentando fazer eu me sentir culpado:
"Você não entende, não é? Acha mesmo que eu me dou a tanto trabalho, que perco tanto tempo, com qualquer um? Estou aqui transmitindo essas verdades vitais pra você, porque sei que você é um ser especial que foi colocado nesse planeta para cumprir uma missão única. Porque acreditei que entenderia." (Quase dá pra ouvir seu coração lentamente se despedaçando.)
"Realmente não entendo." Eu respondo:
"Você esperava sinceramente que eu largasse hábitos de toda uma vida... só porque você disse pra eu fazer isso? Baseado em quê? Você nem ao menos me deu qualquer tipo de razão.
"E a pessoa-que-acredita-em-coisas mais uma vez coloca sua mão sobre minha mão e afirma:"Baseado na sua intuição, na sua fé. Você tem que *sentir*, no seu âmago, que eu estou falando a verdade."
"Pôxa", eu respondo, "a única coisa que estou sentindo é vontade de ir embora."

•Você Não Pode Estar Sinceramente nos Comparando a Eles!
Estamos chegando no fim da conversa.
A pessoa-que-acredita-em-coisas finalmente percebe que não vai conseguir mudar toda minha filosofia de vida ao longo de um único almoço. Então, fica puta, defensiva, ofendida.
"Você é o pior tipo de cético. Você é o cínico que vaidosamente se considera cabeça aberta. Mas você nunca deu uma chance à verdade que tentei lhe transmitir. Já chegou com ouvidos moucos e coração endurecido."
"Não é verdade. Eu te ouvi com o mesmo respeito e atenção que ouço as pessoas que acreditam em rinocerontes verdes subterrâneos, trutas vermelhas intergalácticas ou elefantes roxos flutuantes. Sei que são pessoas que acreditam sinceramente em suas crenças e que sinceramente querem o meu bem, então escuto com resp-
Pronto. É exatamente nesse momento que eu alieno, irremediavel e inapelavelmente, todas as pessoas-que-acreditam-em-coisas:"Peraí, agora você está me agredindo. Você não pode sinceramente querer comparar a minha fé com a dessas pessoas que acreditam em rinocerontes verdes subterrâneos. Só fanáticos idiotas de uma seita xexelenta poderiam acreditam em uma superstição medieval sem nenhum embasamento como essa! Sobre os elefantes verdes flutuantes, por outro lado, já existe toda uma sabedoria acumulada, um cânone consagrado, milênios de estudos, um corpus de compêndios sapienciais, grandes exegetas e estudiosos, uma disciplina rigorosa de corpo e mente!
"Eu suspiro:
"O pessoal dos rinocerontes verdes subterrâneos fala a mesma coisa."
"Sim, mas porque são uns fanáticos intolerantes que só enxergam sua própria superstição. Eu vou ficar ofendido se você der a entender, mais uma vez, que nós temos algo a ver com esses hereges dos rinocerontes verdes subterrâneos."
"Bem, o pessoal dos rinocerontes verdes subterrâneos também chegou pra mim com a melhor das boas intenções, também me juraram que existem rinocerontes verdes subterrâneos, mas não explicaram como eles fazem pra viver debaixo do solo, e me alertaram para não usar camisas pólo azuis, mas não me explicaram nem porque elas fazem mal nem qual a relação delas com os rinocerontes verdes subterrâneos. Então, o que eu faço? Quem está com a razão?"
"Olha só, se não vai falar sério, não dá pra conversar. Eu perdi uma tarde inteira pra te ajudar e você me vem com deboche. Você não pode estar sinceramente considerando que esses caras são sérios. Eles acreditam em rinocerontes verdes subterrâneos, pelo amor de deus. Uma coisa que não faz o menor sentido. Totalmente ridícula!
"E ainda riem:
"Onde já se viu! Rinocerontes verdes subterrâneos!"


Posfácio Explicativo
Hesitei muito antes de escrever esse artigo.
A verdade é que amo muitas pessoas-que-acreditam-em-coisas e elas também me amam. Todas as conversas que geraram material para o artigo acima foram atos de amor. De minha parte, tentando sinceramente entender essas pessoas-que-acreditam-em-coisas, e delas, tentando salvar minha alma ou me ajudar do melhor modo que estava a sua disposição.

Pensei seriamente em engavetar esse artigo e jamais postá-lo - não conseguiria não escrevê-lo.

Pra quê colocá-lo no ar? Serviria apenas para decepcionar e entristecer tantas pessoas que eu amo, tantas pessoas que sinceramente me admiram. Tantas pessoas que se sentiriam humilhadas, que achariam que estou caçoando delas, que lamentariam minha imaturidade emocional, e que sacudiriam suas cabeças pensando em como desperdiçaram horas de suas vidas tentando me fazer ver a verdade somente para, tsc tsc, eu fazer pouco delas em um artigo ridículo.
A esses queridos amigos, eu peço perdão antecipado. Espero que entendam que eu não partilhar suas crenças ou não mudar minha vida em função delas não quer dizer, de modo algum, que eu não os ame ou que menospreze suas tentativas sinceras de me ajudar, de me melhorar, de me salvar.
Do fundo do meu coração, eu agradeço.


Artigo de Alex Castro, eu modifiquei algumas coisas para não ficar tão radical.

"piada"

Eu mereço...
A Carol me mandou isso e eu não vi outra opção a não ser postar!


O marido e a mulher não se falavam há uns três dias...
Entretanto, o homem se lembrou que no dia seguinte teria uma reunião muito
cedo no escritório. Como precisava levantar cedo, resolveu pedir à mulher
para acordá-lo. Mas para não dar o braço a torcer, escreveu num papel:
'Me acorde às 6 horas da manhã'.
No outro dia, ele levantou e quando olhou no relógio eram 9h30. O homem
teve um ataque e pensou:
Que meeeerdaaa! Mas que absurdo! Que falta de consideração, ela não me
acordou...Nisto, olhou para a mesa de cabeceira e reparou num papel no qual estava
escrito:
..São seis horas, levanta!!!
Moral da História:
Não fique sem falar com as mulheres, elas ganham sempre, estão certas sempre
e são simplesmente geniais na vingança!
'O casamento é a relação entre duas pessoas, onde uma está sempre certa
e a outra é o marido.'



EU E ELES...

Existe coisa mais bonita que amizade de homem?
Eu acho muito difícil. Eles são espontâneos, verdadeiros, não têm frescura com nada, nem fultilidade.
Eles são ótimos em dar concelhos, principalmente quando o caso envolve homem, eles se colocam no lugar dos outros, são menos egoístas e mais companheiros.

Eles me tratam no mesmo nível de grosserias que costumam se tratar, porém sem perder o respeito comigo.

Eles sabem guardar segredo, pois não tem uma 'best friend forever' que precisa contar tudo que aconteceu. Eles são leais e não pedem minha maquiagem emprestada.

Confesso que eu me divito muito mais com eles, tudo é motivo pra risos. Eles são sinceros, cumplices, aceitam as diferenças um dos outros...

Eles sempre são fortes e na maior parte das vezes têm razão nas coisas, não costumam agir por impulso e se arrepender depois.

Existe preconceito sobre esse tipo de amizade, algumas pessoas acham que não pode existir amizade de homem-mulher sem segundas intenções, mas eu não me importo, adoro os meninos, eles são os irmãos que eu não tive.

Alguns amigos na nossa vida passam mesmo sendo insubstituíveis, mas esses amigos nunca nos deixam completamente sós, porque acabam deixando um pouco deles e levam um pouquinho de nós, e isso mostra que nada na vida é por acaso, não é destino, nem estava escrito é fato irrelevante, que temos sempre pessoas preciosas ao nosso redor durante a nossa existência.

Lóóóó.


Não é só uma ex-professora que me estimulou a colocar para fora através da escrita o que eu estava sentindo, ela é mais que uma mulher madura e compentente como eu sempre digo.
Ela é a menina do mundo irreal, inventa uma história para cada frase solta, gosta de pensar, viajar nas suas loucuras, que na maioria das vezes existe um pouco de verdade.
Ela é amiga, carinhosa, e sabe quando afastar o que não lhe faz bem.
Ela escreve textos maravilhosos que me deixam de boca aberta toda vida porque ela diz exatamente o que eu queria dizer.
Ela se acha, e ainda assume. Ela sabe que é linda.
Ela deixa as pessoas alegres mesmo quando ela não está.
Ela se entrega fácil ás paixões, ela não sabe dizer não.
Ela é brincalhona, é sorridente, é agradável.
Ela é incrível.
Te adoro!
Não está mais aqui quem falou...

domingo, 25 de janeiro de 2009

Osa I LOVE YOU.

Faz uns três anos conheci um garoto no colégio, ele era até legal, mas não alertei para a pessoa que podia encontrar dentro dele. Após um ano, quando a turma diminuiu e ficamos mais próximos começamos a descobrir uns aos outros, uns mais que outros.

No começo as velhas reuniões dos eventos do colégio, ensaios, os encontros na biblioteca na manhã da prova para pegar a resposta com os alunos desse turno. Começou a se formar um grupo, e como todo grupo existia os que se gostavam mais.

Mas essa não era nossa história. Na maioria das vezes íamos para caminhos contrários, não fomos amigos desde o início. Chegamos a discutir sobre religião algumas vezes, ele um católico idealista, eu uma agnostica com meus principios, mas sempre chegavamos a mesma conclusão, Deus existe, eu te respeito, você me respéita.

Ele chegava pela manhã com seu jeito simples, mas que logo era notado. Quando eu estava calada ele me abraçava, sabia que eu não estava em meu estado normal... Quando ele chegava cabisbaixo eu tratava de tentar fazer alguma coisa, o que pudesse, apesar de ser tão lesada e estar sempre preocupada com os estudos que algumas vezes não percebia isso.

Mas nos dias de alegria era a PUTARIA de sempre, aqueles furinhos acompanhado de um sorriso que contagiava à todos, e aqueles conhecidos 'putaquepariupatricia', ou 'vaitelascar'... A gente morria de rir de qualquer coisa, fosse mangando de alguém ou uma simples brincadeira sem graça.

Ele me divertiu muito, me fez acreditar que eu poderia sim ser convincente quando fiz ele decidir escolher o curso que realmente desejava. Ele me fez rir, me deixava para cima com todo aquele carinho me chamando de lesada e outras coisas que prefiro não comentar.

Fizemos coisas que só eu e ele seríamos mesmo capaz de fazer, coisas de 'sem noção', como subir num burro em plena pousada no meio de uma viagem...
Coisas que eu acredito que um dia eu vou mostrar para meus filhos e dizer, ele foi um GRANDE AMIGO.

É tão doloroso quando o tempo vai passando e você sabe que terá outros destinos, mais diferentes ainda do que os anteriores, que poderá se distanciar dos queridos companheiros...

Eu queria poder escolher com quem vou conviver, infelizmente não podemos fazer isso, o que podemos é lutar ao máximo para não se distanciar.

E guardar todos os momentos bons, com a certeza de que os próximos serão melhores ainda.

Você é realmente uma pessoa muito especial, que mesmo com uma 'uma boca suja' conquista o mundo inteirinho. Por que eu não conheço alguém que não goste de ti, alguém que não diga "ele é uma graça".

Eu espero que a nossa amizade persista, que possamos engrandecer ainda mais um ao outro, com incentivos, com consideração, com alegrias.

E pensa que eu vou deixar você me abandonar?! Nããão. Eu vou te pertubar! Torço muito, muito por você. Te adoro viu 'bebê'?! Beeijo no peitinho ;*

Patrícia Meneses.

Vida ruiiiim :D


Rapaz... Ultimamente minha vida num tem sido muito boa não!
Acordando depois das dez todos os dias, comendo, comendo, comendo, comendo e depois claro, tirar aquela velha SESTAzinha... Saindo com os amigos e meu amorzinho quase todos os dias, tendo a maior moral com minha mãe, chego a hora que quero, saio a hora que quero. Eu nunca tive isso não, tô até estranhando.
Ôw coisa boa é esse negócio de passar no vestibular só segundo semestre, no começo eu não tava gostando, achava que ia ser muito ruim, ainda não sei o que eu vou fazer esse tempo todo livre, mas acho que vou ler todos os livros que eu tinha vontade e não tinha tempo por causa da 'desgraça' do Terceiro, fazer cursos, procurar uma ocupação (ou seja, procura-se emprego, não será aceita vagas de lavadeira, objeto sexual e/ou passadora de notas para diário), estudar para concursos(já que dizem que é a garantia de emprego eterno), dormir, comer, encontrar as amigas que reclamam que eu nunca tenho tempo(que aliás agora eu vou ter de sobra).
É só felicidade, me sentindo amada, amando como NUNCA, aprendendo coisas novas, vendo a vida com outros olhos, mais madura, mais mulher.

Amores impossíveis..

Olha que coisa, ela sabe o que dizer o que eu queria e não encontro palavras...

"Parece senso comum esse negócio de amor impossível. Agora mesmo nos cinemas, está passando Crepúsculo, que é um filme de amor impossível. No caso um vampiro do bem e uma mortal se apaixonam e ele precisa lutar para não mordê-la e ainda defendê-la dos vampiros do mal. A história é linda. Eles quase não podem se beijar, uma vez que o cheiro dela desperta nele desejo de sugar seu sangue, mesmo assim eles se amam e ficam juntos.
Será que na vida real também é assim? A gente até ama, mas os amores são sempre barrados por quaisquer problemas do dia-a-dia ou mesmo por questões sociais, desnível cultural, idade, mentalidade, compromissos e outra série de impecilhos que aparecem?
Acreditar ou não no amor não é a questão. Podemos até acreditar, mas infelizmente a realidade nos arranca os sonhos e o lado mágico do amor. Carlos Drummond de Andrade diz em um de seus poemas que saberemos quando o amor for verdadeiro pelo toque, pelo primeiro beijo e outros sinais. Compara tudo isso a magia, sinos que tocam, arrepios pelo corpo. Não creio que seja o bastante, pelo menos não nos dias atuais. A coisa está muito banalizada e misturada e precisamos até separar amor e tesão. Já pensou um negócio desses?
Nem adianta também falar de antes. O problema não está no tempo, está nas pessoas que não conseguem confiar, não conseguem separar realidades passadas e presentes e mesmo quando conseguem se sentem atormentadas pelo ciúme e a insegurança, quem sabe não seria correto falar em medo mesmo.
Exemplo claro disso é quando alguém nos julga por nossas atitudes de solteiros. Claro que se não temos ninguém, poderemos brincar a vontade, dizer coisas sem nos preocuparmos com um alguém em especial. No entanto se temos algum compromisso ou a partir do momento que percebemos que a coisa é séria, a coisa muda. Mas as pessoas de um modo geral - homens e mulheres - não conseguem separar isso. Sempre vão achar que se agimos de determinada forma quando solteiros agiremos igual quando "casados" (entende-se casados como qualquer relacionamento sério)
O que mais se vê são pessoas que buscam um tipo de relacionamento, mas suas cabeças estão tão cheias de desconfiança ou idealizações que elas não conseguem enxergar quem está a seu lado. Espero que isso se resolva ao longo das gerações, se não na minha, pois nas próximas. Um dia a humanidade terá de aprender a respeita e a separar as coisas. Eu acredito nisso."


Por: Lourena Gomes, minha amiga e ex-professora mais linda e convencida.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Trovão


A chuva batia na vidraça do quarto, ainda estava escuro quando Lísia percebeu que era 10 horas da manhã. Levantou de sobresalto a parte de cima do corpo, mas manteve-se sentada, tinha que levantar, ouviu trovejadas e exitou, o que queria mesmo era voltar a dormir, o clima era favorável à isso e aquela friozinho convidava a deitar.
Enquanto pensava percebeu que havia passado vinte minutos e estava ainda mais atrasada. Correu para o banheiro, escovou os dentes, tomou um banho rápido, vestiu-se e correu para o trabalho. As ruas estavam todas alagadas, acabaria todo o carro, ela se sentia solitária, havia dormido tarde, assistindo o velho seriado que era seu único companheiro.
Continuava chovendo muito forte, nunca tinha ouvido trovões tão fortes. Quando pequena ela morria de medo, mas agora achava até engraçado. As amigas comentavam como era gostoso aquela chuvinha embaixo do cobertor com o marido, ela ria, dizia que de pé gelado bastava o dela, que o Ralf era muito mais quentinho. Mas por dentro, sentia a imensa "inveja das solteironas".
Chegou atrasada mais uma vez, seu chefe, um barrigudo enjoado, fez a mesma ladainha de sempre, ela estava enfadada, queria jogar tudo para cima e ir sair correndo com os pés na lama, mais uma vez suprimiu os seus desejos, sentou-se na mesa e começou a organizar seus papéis.

Segredo..

Será que alguém hoje no mundo inteiro sabe o que é um segredo?!
Me dá uma raiva tão grande não ter em quem confiar.
E o pior é que se nem a própria pessoa, dona do segredo, não consegue segurar e acaba confiando à alguém, por que essa outra pessoa que não tem nada a ver com isso iria guardá-lo?!
Seria melhor pra ela falar mesmo, mostrar que está por dentro dos assuntos, enfim, ter assunto pra falar...
E se você diz: "Mas ninguém pode saber!" Ai que o negócio fica avacalhado mesmo, vira budega, um conta pra outro, que deixa escapar sem querer pra outro, que confia em outro que é amigo de outro...
E depois quando você se tranca totalmente no seu mundo, faz tudo caladinha, "nas escuras" as pessoas ficam te chamando de misteriosa, dizem que você tem algo à esconder, VAI PRA BOSTA meu povo!
Agora eu quero é ser feliz, sem me importar quem tá falando, quem tá sabendo; quero viver, quero poder SER EU.
Beijosmil para todos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára(a vida não pára não...)

Chicas

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu


Eu ainda tô zonza, nem sei direito o que tô sentido.
É tão irreal, parece um sonho...
Quando eu vi meu nome lá, depois de tava ansiedade, angustia... Foi uma coisa tão boa, nunca senti aquilo, eu não acreditava mesmo.
Passa um filme na nossa cabeça, todas as vezes que deixei de sair, todas as coisas que abri mão para me dedicar aos estudos, as aulas com sono, as madrugadas perdidas...
Eu me tremi toda, comecei a chorar e gritar, minha mãe correu pra ver o que estava acontecendo, eu não consegui falar, apontei paro o meu nome. Ela me levantou e me abraçou com tanta força, ficamos pregadas sem dizer uma palavra, não era preciso.
Enquanto ela ligava para os familiares para contar eu falava com amigos no msn e procurava o nome dos outros que também foram aprovados, era felicidade por uns e tristeza por outros, nunca vivi tanta emoção ao mesmo tempo.
Liguei pros mais próximos, não dava pra acreditar em tudo aquilo. Falei com o meu amor, ele não se demonstrou supreso, desde sempre falou que sabia que eu iria passar, que confiava no meu potencial.
Ainda estou em estado se ÊXTASE, não consigo parar de sorrir.
Já agradeci bastante a Deus e todas as pessoas que fizeram parte dessa vitória.
Esse é só o começo.

Carta da minha mãe pra mim *-*

Vida por etapas.
13 de janeiro de 2009
Minha filha,
Agora, que todas as expectativas se passaram e que os êxitos foram alcançados resta-me, além de ficar orgulhosa e dar meus parabéns, dizer algumas coisas que acho importante para o futuro que se aproxima.
Essas vitórias jamais podem ser creditadas individualmete ao vencedor. As principais pessoas que convivem no seu ambiente, por mais que distantes, de alguma forma ajudaram a alcaçar o seu objetivo.
Portanto, primeiro, agradeça a Deus por tudo de bom que aconteceu, pela súde proporcionada, pela serenidade nos momentos difíceis e pela determinação e disciplina. Agradeça também aos seus familiares pelo amor incondicional que tem por você, que torceram e estiveram sempre ao seu lado.
Tenha em mente que tudo isso é apenas uma etapa vencida de muitas que virão ao longo de sua vida. Muitos desafios ainda estão por vir. Alegrias, tristezas, saudades, raiva, amigos, adversários, inveja, preconceito, etc. Essas emoções estarão sempre fazendo parte do seu ambiente porque elas estão na vida daqueles que tomam grandes decisões e em consequência correm riscos. Mas as vitórias e as derrotas terão um gosto especial, trarão belas histórias a serem contadas no futuro e servirão como um alicerce para a formação da sua personalidade e fortificação dos seus valores. Nunca, jamais, deixe de ser você, com suas opiniões, suas decisões, seus acertos e seus erros. Aqueles que te te amam e te conhecem valorizam essas virtudes.
Faça tudo com paixão, com trabalho e disciplina. O tesão pelo que se faz, o trabalho árduo e o rigor da disciplina ajudarão no alcance de seus objetivos.
Por fim, considere isso um desabafo de quem te ama e seria difícil me expressar falando.
Te amo e que Deus te abeçoe e te proteja.
Claudete.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

UM DIA ENCONTRO...

Eu escolhi para tema do blog essa música e fazia um tempinho que eu nem a escutava, ontem uma amiga lembrou-me o quanto ela é linda.

Houve um tempo em que tudo girava ao meu redor
Dos meus desejos e vontades
E todo mundo ria de tudo o que eu dizia
Dizia um monte de bobagens

Eu achava que tinha de tudo para sempre
Que tinha amigos de verdade
Mas a verdade sempre vem bater à porta
A gente tenha ou não vontade

Já tive carro de grana
E um monte de convites para qualquer lugar
Hoje eu só ando a pé
Mas eu continuo a andar

E aquelas pessoas que andavam ao meu redor
Hoje escolheram uma menina
Que, por enquanto acredita em tudo que eles dizem
A mesma história toda vida

O que eu sei, eu sei que ela só vai descobrir
Quando ela sair de moda
Um tropeço ensina mais do que um sucesso
É tudo bem mais claro agora

Já tive carro de grana
E um monte de convites para qualquer lugar
Hoje eu só ando a pé
Mas eu continuo a andar [x2]

Eu tenho o gesto exato, sei como devo andar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel de quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar

Luz de fim de tarde, meu rosto encontra luz
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão

Mantenho o passo alguém me vê
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei

Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro ohohoh a fórmula, a fórmula do amor

Eu tenho a pose exata pra me fotografar
Aprendi nos livros pra um dia usar
Um certo ar cruel, de sabe o que quer
Tenho tudo ensaiado pra te conquistar

Eu tenho um bom papo e sei até dançar
Não posso compreender, não faz nenhum efeito
A minha aparição será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão

Mantenho o charme, alguém nem vê
Nada acontece, não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei

Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro a fórmula do amor
Ainda encontro ohohoh a fórmula, a fórmula do amor [x2]


Patrícia Meneses;*

Por quê?

As pessoas são muito difíceis mesmo né?!
Elas cobram, moldam, mudam os outros, mas nunca estão satisfeitos o suficiente.
Por que que sempre tem que ser assim?!
Por que ninguém consegue aceitar a outra pessoa como ela é, como começou a gostar dela, como ela se sente melhor, e não como você queria que ela fosse?!
Eu não consigo compreender isso. Uma vez eu disse que nunca mudaria por outra pessoa, que se tivesse que mudar seria por mim mesma. Pagamos pela boca... Estou mudando, é verdade que será uma coisa pra meu beneficio, mas para agradar alguém, para tê-lo mais próximo, para ser merecer estar ao lado dele.
Por quê?
Será que vai valer a pena?
Será que um dia terei reconhecimento?
Não dá pra saber. Só vou saber se arriscar, se jogar todas as minha fichas, se der tudo de mim.
Se eu quebrar a cara ainda saio ganhando, EXPERIÊNCIA é uma coisa boa.

Só de sacanagem...

#Existem poucas coisas na vida que me fazem ficar arrepiada de emoção, mas esse texto é incrível, se eu escutá-lo vinte vezes, vinte vezes eu me os pêlos do corpo inteiro se manifestam, hehe.#
Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”
E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!”
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

Composição: Elisa Lucinda

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

PRA SEMPRE.


Vanessa era muito pequena quando seus pais se separaram. Ela via o sofrimento de sua mãe, noites acordada chorando e dias de muito esforços para sustentar e criar sozinha suas filhas. O pai, um irresponsável, saía por aí como um adolescente e engravidava moças que mais tarde também seriam deixadas para trás.
Ainda muito nova Vanessa se envolveu com um rapaz que tinha namorada, assistia todas as enganações, mentiras e falsidades. Descobriu que a moça estava grávida, cansou de fazer parte daquilo, não era o que ela queria para a sua vida.
Cresceu acreditando que o amor não existia, que deveria viver só, pensar apenas na sua vida profissional, que em todo relacionamento havia necessariamente traição e que nada duraria por muito tempo, era só o tempo de descobrir quem era a outra pessoa.
Presenciava diariamente as brigas de sua irmã com o namorado. Ele era infantil e deixava sua mãe interferir e tomar todas as decisões dele, isso fez acabar um namoro de mais de seis anos. Em pouco tempo ela conheceu outra pessoa, se apaixonou, em cinco meses foram morar juntos, vivem muito bem, estão muito felizes, se respeitam acima de tudo e se amam verdadeiramente.
Agora um pouco mais velha Vanessa sentia vontade de viver como sua irmã, sentia necessidade de acreditar nas pessoas, não queria ser alguém amarga e sozinha como sua mãe. Conheceu uma pessoa muito especial, que a tratava com muito carinho, dava atenção e não sabia por quê confiava nele, adorava conversar e sentia-se bem com ele. Começaram a namorar, se divertiam bastante, eles eram parecidos, gostavam de algumas coisas em comum, tinham os mesmos amigos... Mas ela havia confundido as coisas, ele era apenas seu melhor amigo e não sabia mais como voltar atrás sem machucá-lo. Tantou explicar isso para ele um milhão de vezes, mas ele não queria ouvir, ela queria mudá-lo, mas não poderia fazer isso. Terminou o namoro, ele não aceitava, mas não era justo com ele continuar se ela não poderia correspondê-lo, queria que ele fosse feliz e além do mais ela estava apaixonada por outra pessoa.
Essa outra pessoa tinha aparecido devagar, estava passando por dificuldade e Vanessa queria ajudá-lo; ela tinha muitos amigos, mas por nenhum tinha sentido aquele desejo descontrolado de estar perto, de ouvir a voz, de abraçar... Conversavam muito, ela ajudou a superar a tristeza que ele estava sentindo e haviam se tornado muito importante na vida um do outro. Não conseguiam mais passar um dia sem se falar, eram coisas bobas que a faziam rir horas e horas, sua mãe nunca tinha visto ela tratar um pessoa tão bem, ela ,às vezes, costumava ser grossa e mal humorada, mas com ele era diferente, ela só ria, ria que ficava com a mandíbula doendo. Ela acordava pensando nele, passava o dia pensando nele, todas as músicas faziam lembrar dele, o telefone não podia tocar que ela imaginava que fosse ele, dormia pensando nele, sonhava com ele, se sentia a pessoa mais feliz do mundo quando estava com ele.
Estava definitivamente AMANDO, é, descobriu que o amor existia sim, e que era a melhor coisa que ela já tinha sentido em toda a sua vida. Eles eram diferentes, ela era uma menina, mas que apesar disso já sabia o que queria para sua vida, tinha seus objetivos, pensava em trabalhar, construir uma vida profissional; e ele era um homem, que já trabalhava, que tinha sua vida feita, e que acabara de sair de um relacionamento de muito tempo.
Ela não conseguia pensar em mais nada, estava feliz demais, ele era tudo que ela queria. Maduro, clássico, divertido, carinhoso, maravilhoso, cheiroso, inteligente, sabia se sair bem em todas as situações, determinado e o principal, acreditava no AMOR PRA VIDA INTEIRA. Parecia que estava sonhando, mas era real. E ela voava, lutaria até quando pudesse para tê-lo em sua vida.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Caroline Viana ~♥


Mais um ano, mais histórias para contar. Reveillons de 2007, 2008 & 2009... Mas não é "só isso". É toda uma vida, As noites de filmes e sessões de fotos de madrugada, as fugidas de tarde pra ir na casa da outra só pra fazer 'nada', pra contar casos ou até besteiras. Eu te aguentando com todas as dores no joelho, na cabeça, no pulso e etc... As vezes que choramos (de alegria ou de tristeza), as vezes que você me acordou com gelo dentro da roupa, os abraços mais forte que chega a doer... Os gritos com medo do morcego. Todas as vezes que estavamos segurando a mão uma da outra. Dos depoimentos que já te mandei com ciumes das outras, das milhões de vezes que já tentamos ficar longe mas quando se via ficava as duas com cara de abestada e nada mais importava... Eu chegando na tua casa gritando: RAZÃÃÃO... De todas as nossas manias toscas. Porque só tu que aguenta minhas chatisses, meus momentos de deprê, a minhas marmotas. Eu tentei escrever um pouco e me lembrei do que eu tinha escrito pra ti em janeiro do ano passado lembra?! Eu li de novo e me emocionei, hahaha.





xau&Beeeijos;*

sábado, 3 de janeiro de 2009

Homenagem ao Terceiro ano.



Aqui estamos nós, todos juntos rememorando nosso ano, nossas vidas e reafirmando nosso laço de amizade. Amizade que nem o tempo, nem a distância destruirão, pois podemos nós distanciar fisicamente, mas sempre existirá um pouquinho de cada um dentro de nossos corações. Alguns de nós estamos juntos desde o pré-escolar e quantas histórias temos para contar, não?!Aquela festa de aniversário surpresa, aquele presente, aquela pesca na hora da prova, aquele apoio perante o problema familiar, as discussões, os desentendimentos, o período distante do amigo, a reaproximação com aquela pessoa, o carimbo na agenda, aquela Semana Cultural que você não fez nada e ainda ganhou aqueles maravilhosos pontos na média, a tarefa de inglês improvisada,a primeira vez que você subiu naquele palco e todos adoraram sua apresentação,os milhares de casais que se formaram,os que se desfizeram,a saída de sala que você deu graças a DEUS, pois não suporta tal professor, as lutas pelos pincéis, os professores que nos abandonaram durante o ano, as noites acordadas sobre o livro de Biologia, Química e se preferir até de Matemática...todos esses momentos ficarão em nossa memória e muitos desses contribuíram para a formação de nosso caráter.


Esse ano para a maioria de nós foi o melhor ano da vida escolar, afinal vivemos tanta coisa, não? Como podemos imaginar nossas manhãs sem aquele passeio pelo bosque, sem o “Bom dia negrada!” de nossa professora de literatura, sem a esperada e engraçada aula do nosso “professor que não tem coração”, as histórias de Orós, Morada Nova e Quixeramobim, os apelidos do nosso delicado prof. Ítalo, os sapos da aula de Espanhol e por que não o 1, 2, 3, e quaaaaatro de nossa querida professora de Geografia. E não podemos esquecer, é claro, das aulas infinitas, não do Suderlan, mas de nosso coordenador querendo nós “matar” de assistir aula e sempre mandado nós nos auto-analisarmos.

Momentos bons foram vividos e os difíceis superados juntos. Bom ou ruim sempre vamos ter algo para guardar de amigos e professores. Chegou um ponto que passávamos mais tempo no colégio que em nossas casas e assim nossas vidas foram se construindo, nós formamos uma segunda família e o J.A nossa segunda casa.

Que saibamos aproveitar nossa vida futura assim como aproveitamos nossa infância e adolescência e independente do rumo que a vida nos leve possamos guardar em nossos corações não só esse ano mas toda nossa vida escolar.

Num futuro não muito distante, nos encontraremos no Porangabussu, no Itaperi, no Pici e por que não nos cursinhos da vida?!O vestibular é uma realidade, um fato que temos que encarar de cabeça erguida, mas não vai ser uma prova que irá no “taxar” de perdedor, ganhador, burro ou inteligente. Antes de recebermos uma formação para o vestibular, recebemos uma formação para vida. Foram nos ensinados valores, a lei do respeito, da amizade e do companheirismo e isso nunca nós será tirado. Nunca poderão tirar de nós o anseio de realizar um sonho, de construirmos uma vida feliz, afinal é isso que todos nós queremos é isso que todos nós somos: FELIZES.

Que ao sairmos por aquele portão e darmos nosso ultimo “tchau” ao Liduíno, possamos viver da forma mais intensa e verdadeira sem permitir que a vida passe de forma insignificante. Devemos “ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia”, porque o mundo não pertence aqueles que sonham, mas sim os que realizam seus sonhos.
Vivam e realizem seus objetivos.

Por:Aiana Marques, lido no dia da despedida do Terceiro ano.

Feliiz 2009 *-*


A passagem do ano foi MARAVILHOSA, passei com a família e amigas, nos divertimos bastante, o show animou toda a multidão. A queima de fogos foi linda, se bem que para uma pessoa passar 25 minutos olhando para cima feito abestada tem que valer a pena mesmo né?!
Como diz a Grazi o saldo do ano anterior foi possitivo. Aprendi muita coisa, amadureci bastante, reafirmei laços de amizades ainda mais forte e fiz novas, realizei projetos e amei muito.
E esse ano eu quero 'CRESCER' ainda mais, me realizar como mulher e começar minha vida profissional. Espero que tudo continue dando certo.

Férias.

Faz um tempinho que eu não posto, mas também, férias meu bem, a preguiça toma conta da pessoa por completo. Passo a maior parte do tempo fazendo nada, nada de manhã, nada de tarde e de noite eu ainda faço mais um pouquinho de nada pra variar. E também tinha um pouco a ver com a falta de saco que você pode encontrar explicação no texto debaixo...

Tô tendo tempo para as amigas que estava um pouco afastada devido o amontoado de aulas que tinha em todo horário, tô dormindo, assistindo filmes, e até marcando jogos aos domingos para fugir da morgação desse dia. É como se não tivessemos tido infância, que se tratando do meu caso é verdade, muito divertido, brincamos de twister, banco imobiliário, imagem&ação, pessoa-lugar-objeto, caroé (coisa do Gerôncio), entre outros.